sexta-feira, 11 de junho de 2010


A LENDA DA COBRA NORATO
Uma bela moça indígena chamada Zelina estava na roça trabalhando e quando foi para a beira do rio beber água, sentiu uma forte dor de barriga e começou a passar mal e de joelhos na beira do rio deu à luz a um casal de gêmeos. Quando caíram nas águas do rio seus filhos viraram duas cobras, percebendo que seus filhos eram duas cobras, pensou em matá-los, mas procurou o velho pajé e pediu-lhe conselho, o velho pajé curador da tribo mandou que as lançasse ao rio e lá as duas cobras cresceram, sendo um macho e uma fêmea, o macho foi chamado de Honorato e a fêmea Maria Caninana, o tempo foi passando e as duas cobras foram crescendo, Honorato era de boa índole e Maria Caninana era uma cobra má, quando visitavam sua mãe Zelina, a mesma só tinha olhos e gostava das reinações de sua filha. Honorato que era bom moço, encantado em uma cobra, nunca aprovou as maldades de sua irmã Maria Caninana e certo dia matou sua irmã, pois já não agüentava ver suas maldades, algumas noites ele deixava a sua pele e casca de cobra à beira do rio e pedia a sua mãe que o desencantasse, mas ela não tinha coragem e antes que o dia amanhecesse, antes do galo cantar tinha que voltar para o rio e voltar a ser cobra. Para quebrar o encanto de Honorato era preciso que alguém de tamanha coragem colocasse uma gota de leite em sua boca e um corte na cauda para sair o sangue que desencantaria o moço tão belo de uma cobra tão feia. Honorato era visto nos bailes onde dançava muito, mas antes de clarear o dia desaparecia e ninguém tinha coragem de desencantar o belo rapaz, pois ninguém queria se arriscar, cansado de tanto andar e não encontrar resolveu ir para a cidade de Óbidos e lá encontrou um corajoso soldado que levou o leite na boca da cobra e com o sabre cortou-lhe a cauda para o sangue jorrar e Honorato transformou-se em um elegante e belo rapaz, deixando as águas do rio para levar uma vida normal na terra.

A LENDA DO CURUPIRA
Dos duendes da floresta o mais endiabrado e mais famosa figura, esta temida por todos os caboclos da região amazônica e muito conhecido como o guardião da floresta e protetor da fauna e da flora, apresenta-se em geral sob a forma de um menino de cabelos vermelhos, de pés virados para trás, muitos pêlos por todo o corpo e privado de órgãos sexuais, este menino costuma castigar severamente os predadores e caçadores da floresta; principalmente aqueles que caçam por esporte e não por necessidade.
Este menino chamado de Curupira pode se apresentar sob forma de qualquer animal e dificilmente o caçador irá conseguir acertar um tiro. E misteriosamente sem que a pessoa perceba, ele desaparece e ninguém consegue explicar seu paradeiro.
O seu mais conhecido castigo aplicado aos caçadores e predadores da floresta é fazê-los perder-se na floresta e não conseguir encontrar o caminho de volta para casa.
Este menino travesso acredita-se que ele consegue se esconder nos minúsculos e pequenos troncos de árvores da floresta.
O curupira costuma a se vingar daqueles que afrontam a natureza e principalmente do caçador que mata um animal fêmea com cria, o curupira fica zangado e faz com que a pretensa caça vire meriãs e de repente, porta-se como se gente fosse, e fazendo gestos como a implorar piedade, neste momento, o caçador fica assombrado, não consegue mais fazer pontaria e foge apavorado, procurando o rumo da casa e depois procura um pajé para fazer uma reza e afastar a assombração da vida do caçador ou seja em tempos atuais, o curupira é uma entidade ecologicamente correta.

A LENDA DO UIRAPURU
Um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique. Como não poderia se aproximar dela, pediu à Tupã que o transformasse em um pássaro.
Tupã transformou - o em um pássaro vermelho telha, que à noite cantava para sua amada. Porém foi o cacique que notou seu canto. Ficou tão fascinado que perseguiu o pássaro para prendê-lo. O Uirapuru vôou para a floresta e o cacique se perdeu.
À noite, o Uirapuru voltou e cantou para sua amada. Canta sempre, esperando que um dia ela descubra o seu canto e o seu encanto.
É por isso que o Uirapuru é considerado um amuleto destinado a proporcionar felicidade nos negócios e no amor.

A LENDA DO MUIRAQUITÃ A lenda do Muiraquitã é considerada um verdadeiro amuleto da sorte, que consiste num sapinho feito de pedra ou argila, é geralmente de cor verde, que era confeccionado em jade. Os indígenas contam a seguinte lenda: que estes batráquios, que eram confeccionados pelas índias que habitavam às margens do rio Amazonas. As belas índias nas noites de luar em que clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro. Conta a lenda que até nos dias de hoje muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã trás felicidade e é considerado um amuleto de sorte para quem o possui. O Muiraquitã apresenta também outras formas de animais, como jacaré, tartaruga, onça, mas é na forma de sapo a mais procurada e representada por ser a lenda mais original. As Icamiabas ofertavam a seus parceiros Guacaris, tribo mais próxima de nossas Amazonas, após o acasalamento na festa dedicada a Iaci, entidade considerada mãe do Muiraquitã e que anualmente durava dias. Conta a lenda, que depois de manterem relações sexuais, as Icamiabas mergulhavam até o fundo lo lago espelho da lua, nas proximidades das nascentes do rio Nhamundá, perto do qual habitavam as índias, nação das legendárias mulheres guerreiras que os europeus chamavam de amazonas (mulheres sem maridos), para receber de Iaci o famoso talismã, o qual recebia as bênçãos da divindade. A lenda diz também, que se dessa união nascessem filhos masculinos, estes seriam sacrificados, deixando sobreviver somente os do sexo feminino.

Iara

A Iara é uma dos mitos mais conhecidos da região amazônica. É uma linda mulher morena, de cabelos negros e olhos castanhos. Exerce grande fascínio nos homens, pois aqueles que a vêem banhar-se nos rios não conseguem resistir aos seus encantos e atiram-se nas águas. Os que assim o faz, nem sempre voltam vivos e os que sobrevivem, voltam assombrados, falando em castelos, séquitos e cortes de encantados. É preciso muita reza e pajelança para tirá-lo do encantamento. Alguns descrevem Iara como tendo uma cintilante estrela na testa, que funciona como chamariz que atrai e hipnotiza os homens. Acredita-se também que ela tem forma de peixe na parte inferior, outros dizem que é apenas um vestido, ou uma espécie de saia, que ela veste por vaidade e para dar a ilusão de ser metade mulher, metade peixe. Em certos locais, dizem que Iara é um boto-fêmea. Ela também encanta os homens e levá-os para o fundo do rio. Em outros lugares dizem ser a própria boiúna